terça-feira, 7 de julho de 2015

Câmara Municipal passada a pente fino pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária (PJ) esteve na Câmara Municipal de Braga a verificar documentos e ficheiros informáticos do município. Segundo o Negócios apurou junto a fonte da autarquia, às 13h ainda se encontravam no edifício autoridades que realizaram, pela primeira vez, buscas à Câmara Municipal, no âmbito de uma série de processos que estão a ser investigados pelo Ministério Público.
Pelo menos um técnico camarário foi detido para interrogatório. A mesma fonte disse ao Negócios que, mais tarde, “esclarecimentos formais sobre o assunto” iriam ser feitos.
Os esclarecimentos foram feitos, em comunicado, pela Câmara Municipal de Braga que confirmou a detenção de “um colaborador da Autarquia” e garantiu a “plena colaboração do Município” nas “diversas diligências” realizadas. No mesmo comunicado pode ler-se que “aos colaboradores do Município” se reconhece o “o zelo, honestidade e competência com que diariamente exercem as suas funções” e que as “eventuais más condutas” de uns não ditam a “dignidade dos [restantes] profissionais”. “A batalha contra a corrupção no Município de Braga continuará a ser travada todos os dias”, garante o documento.

Em março deste ano a PJ visitou a Câmara Municipal de Braga e Ricardo Rio, atual presidente da autarquia, avançou que, de entre os processos a ser investigados pelo Ministério Público, figuravam a expropriação da Casa das Convertidas, uma Parceria Publico Privada (PPP), a concessão do estacionamento à superfície e a queda de um muro matou três estudantes da UMinho, em 2014.
Na altura Ricardo Rio disse à Lusa que “não houve buscas, nem apreensões nem nada do género, mas coisas normais”, sendo que, “quando há investigações em curso é natural que sejam solicitadas e recolhidas informações”. O presidente acrescentou que as investigações envolviam vários “dossiês” do anterior executivo de maioria socialista e um decorrente de uma denúncia feita pelo atual líder socialista da oposição, Hugo Pires.
Para além dos casos mencionados acima, o autarca referiu também ” outros que resultaram da auditoria feita por este executivo no início do mandato, como o da concessão do estacionamento à superfície (…) o perdão de uma dívida ao Sporting Clube de Braga ou as próprias piscinas olímpicas”.
“Há ainda a questão da denúncia do PS no âmbito do dossiê do túnel da Avenida, relativamente a um acordo entre a autarquia e a Britalar quanto ao pagamento de obras a mais”, acrescentou Rio.

07/07/15

Fonte: jornaldenegocios.pt

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