sábado, 25 de outubro de 2014

António Cunha, de reitor a presidente do conselho de reitores


2014-09-24

O Reitor da Universidade do Minho (UM) lamenta a demissão de António Rendas do cargo de presidente Conselho de Reitores da Universidades Portuguesas (CRUP). António Cunha referiu hoje à RUM o papel “importante" de António Rendas à frente do CRUP, e que por isso mesmo “deveria continuar nestas funções”.

Respeitando a decisão, António Cunha considera que o presidente do CRUP “contribuiu de um modo muito efectivo para a afirmação do sistema universitário português”. O reitor da Universidade do Minho afirma que o Ensino Superior em Portugal “está mais forte do que estava”, tendo um “respeito internacional grande”, algo que se deve àquilo que fazem as universidades, mas também “ao modo como o conselho de reitores foi trabalhando”.

As eleições para novo presidente do CRUP estão agendadas já para Outubro e numa primeira votação todos os reitores das universidades portuguesas estão aptos a assumir o cargo.

António Cunha traçou o perfil necessário para assumir estas funções, considerando que terá de ser alguém que “encontre os equilíbrios, os quadros e as plataformas de interesse comum entre as várias instituições tendo como objectivo claro a defesa e afirmação do sistema universitário português num contexto de crescente competitividade internacional e num contexto de restrições orçamentais significativas”.

De resto, António Cunha não assumiu uma posição sobre o facto de poder ser eleito para o lugar de António Rendas, referindo apenas que se encontrarão, nas próximas semanas, “consensos, aproximações e espaços que permitirão ao CRUP fazer a melhor escolha da pessoa para dirigir os seus destinos”.


14 de Outubro 2014

O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, é o novo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), substituindo António Rendas, que renunciou ao cargo no final de setembro.

António Cunha foi eleito esta terça-feira durante a reunião do plenário de reitores, que decorreu esta manhã em Lisboa e na qual participam os reitores das 15 universidades que compõem o CRUP.

Depois de meses a ameaçar que iria deixar a direção do CRUP, António Rendas anunciou publicamente, no final do mês de setembro, a decisão de deixar a meio o seu segundo mandato, que deveria terminar apenas em 2016.

O reitor da Universidade Nova de Lisboa negou que, na base da sua decisão, estivessem divergências com o Governo, tendo justificado a saída com a necessidade de tempo para dedicar à sua instituição.


Já as prioridades do novo presidente do CRUP são "o reforço da autonomia universitária e a procura de condições para um financiamento adequado, estável e transparente das universidades públicas", refere o organismo em comunicado.

No entanto, António Cunha «não pretende que o seu mandato fique capturado pela discussão de questões orçamentais e elenca dossiês como a regime jurídico das instituições de ensino superior, a carreira docente universitária, a centralidade das universidades na produção científica nacional, a internacionalização e a interação mais efetiva com a sociedade», acrescenta o CRUP.

O professor da Universidade do Minho (UM) foi eleito para exercer as funções de presidente do CRUP no triénio 2014-2017.

António Cunha é professor catedrático da UM desde 2003, tendo sido eleito reitor daquela universidade em 2009 e 2013. É doutorado em Ciência e Engenharia de Polímeros e tem um percurso caraterizado por uma intensa interação com o tecido económico-produtivo.



2014-10-14


O novo presidente do CRUP olha para o novo desafio de forma positiva e garante que tudo fará para continuar o trabalho que já vem sendo feito pelo Conselho de Reitores. A defesa pela autonomia das universidades e a luta por um quadro de financiamento mais estável estão entre as prioridades de António Cunha.

Em declarações à Rádio Universitária do Minho, o também reitor da Universidade do Minho, olha para esta eleição "com grande sentido de responsabilidade”. Um “grande desafio” de tentar “ter um papel ainda mais activo na consolidação, desenvolvimento e reforço do ensino superior português numa época e num tempo em que enfrenta um grande conjunto de oportunidades, mas também um conjunto de dificuldades”.

António Cunha promete “uma defesa intransigente de autonomia universitária, absolutamente essencial para o desenvolvimento do sistema e para as universidades poderem consumar estratégias diferenciadas”.

O futuro presidente do CRUP garantiu ainda empenho em “tentar conseguir que o quadro de financiamento seja mais estável, mais transparente e mais adequado às necessidades das universidades públicas”.

António Cunha assinalou que entre as dificuldades momentâneas se destaca “aquilo que se está a passar com a avaliação de unidades de investigação, os seus resultados e o impacto negativo que certamente irá provocar no sistema”.

Já entre as oportunidades, António Cunha olha para “o quadro de internacionalização e o quadro de uma maior interacção com o tecido produtivo” como essenciais.

Há mais de 15 anos que um reitor da Universidade do Minho não era eleito presidente do CRUP. O reitor admite que qualquer função de coordenação de entidades nacionais “é mais difícil de fazer a partir do Norte”, e considera que por isso muitas das vezes não se elegem pessoas que estão “mais afastadas dos centros de decisão”.

Apesar de estar mais tempo entre Braga e Guimarães, António Cunha admite que esta eleição “exigirá um esforço adicional”.

António Cunha foi escolhido esta manhã para presidente do CRUP com 12 votos a favor e dois votos em branco. Uma eleição que acontece exactamente um ano depois de ter sido eleito reitor da Universidade do Minho para o segundo mandato.


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