quinta-feira, 21 de maio de 2015

Boys para todos os gostos...

A propósito disto...

FONTE

2015-05-11

As declarações de Francisco Mota, líder da JP Braga, suscitaram uma série de comentários e críticas. Há pouco mais de uma semana o jovem centrista disse na sua tomada de posse que “as gentes do CDS” deveriam ocupar determinados cargos na câmara municipal de Braga e nas empresas municipais, tendo em conta que as autárquicas em Braga foram ganhas pela coligação de direita PSD/CDS-PP. As declarações foram proferidas na presença do actual presidente do município, Ricardo Rio.

O assunto foi discutido no passado sábado pelos comentadores do programa da RUM, Praça do Município. A primeira voz que se levantou contra as declarações de Francisco Mota chegou por parte do comentador da CDU, Carlos Almeida, ele que é também vereador sem pelouro no município. O comentador comunista explicou que o comunicado de Francisco Mota “extravasou completamente o limite da falta de vergonha”, acrescentando que “já não há o cuidado de quem usa o espaço político para se servir e se aproveitar dos cargos públicos. Já o faz sem problema, chegando ao ponto não deixar fugir numa conversa, é um comunicado emitido pela estrutura partidária em que vem reclamar publicamente para a comunicação social, mais lugares para a tropa do CDS na câmara municipal e nas empresas municipais”.

Paula Nogueira concorda com Carlos Almeida e vai mais longe. A deputada do Cidadania em Movimento diz mesmo que esta atitude “é uma vergonha para todos os partidos e para os cidadãos”, acrescentando que “os empolgamentos e os lapsos de língua são uma prática bastante corrente no seio da JP e da parte sempre da mesma personagem”. Para além disso, a comentador do CEM refere que “foi tanto o empolgamento que Francisco Mota desapareceu rapidamente da câmara e é por estas e por outras que está descontente. Percebeu-se que era um jovem com demasiado sangue na guelra e talvez competência a menos e por isso veio reclamar aquilo que já teve e que já perdeu”, considerou. Paula Nogueira afirma também que a situação “envergonha qualquer partido político”, mas espera que “só envergonhe mesmo o CDS-PP e que as pessoas não sejam confundidas nesta lama”.

Menos agressivo na sua crítica, João Granja, comentador do PSD, discorda também da postura adoptada por Francisco Mota. “Não me parece que sejam este tipo de comportamentos de discursos e de lapsos que valorizem e dignifiquem a política. É obviamente uma linguagem desadequada, inapropriada e que não pode ter acolhimento em responsáveis autárquicos que têm que pautar o seu comportamento por critérios que não têm nada a ver com este tipo de coisas”, rematou.


Na sexta-feira passada e depois de muita polémica, o líder da JP Braga viu-se obrigado a convocar uma conferência de imprensa para justificar as declarações proferidas na tomada de posse uma semana antes. “O comunicado é claro, o que nós exigimos é uma maior envolvência das gentes do CDS na gestão municipal e nas empresas municipais. Não pedimos e nunca pediremos o apadrinhamento dos ditos tachos políticos”, começou por referir. Francisco Mota garante que o pedido de maior envolvimento na gestão municipal é “legítimo”. “A competência das pessoas vê-se pelo lugar que ocupam e sempre encarei que os cargos não devem ser olhados como estatuto mas como um sentido de responsabilidade. Quis dizer aquele que é um sentimento que certamente não é só meu”, acrescentou.

Francisco Mota apontou ainda críticas aos socialistas. “Estanho o PS não vir falar dos boys que se mantiveram após a própria gestão municipal ter alterado. Porque é que o PS não fala desses? Não existem?”.




Estaremos cá para ver...

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