domingo, 28 de junho de 2015

Braga santificada

A hipocrisia de quantos – homens e mulheres consagrados – professam o voto de pobreza mas vivem como ricos, fere as almas dos fiéis e prejudica a Igreja.”

Papa Francisco

Cavalo branco de Braga constituido arguido nos vistos Gold

"Não foi uma completa surpresa, mas não deixou de o ser. Ainda estamos a assimilar", desabafou ao DN uma destacada figura do PSD, que não quis comentar oficialmente a confirmação, noticiada ontem pelo DN, de que o ex-ministro da Administração Interna seria constituído arguido na investigação aos vistos gold. Na coligação não houve respostas ao pedido de reação do DN, um sinal do incómodo causado pela situação.
No PS, Ascenso Simões, que será o diretor de campanha de António Costa, assumiu um comentário: "O PS não usará casos pessoais na campanha. Queremos elevar o nível e valorizar a democracia, que tem tão má imagem", salientou.
Miguel Macedo está em sua casa em Braga e, contactado pelo DN, também se remeteu ao silêncio. Fontes locais sociais-democratas testemunharam "várias visitas de solidariedade" durante o dia. A coligação terá de procurar um novo cabeça de lista para o distrito e, ao que apurou o DN, o favorito é Fernando Negrão. Contactado pelo DN, também não quis comentar.


28/06/15

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Urbanismo em Braga: os poderosos continuam a reinar" Carlos Almeida - CDU

É sabido que uma das críticas mais ferozes, e justa, diga-se, feitas ao Partido Socialista, enquanto partido que governou o município de Braga ao longo de quase quatro décadas, é a da promiscuidade latente nas relações estabelecidas com alguns construtores e promotores imobiliários. Durante largos anos, Braga sofreu impiedosamente as consequências mais nefastas de uma política de urbanismo assente na especulação imobiliária e no favorecimento de interesses privados em claro prejuízo do interesse público e do desenvolvimento da cidade. 
Nesse tempo, oportunamente, muitas foram as vozes que se foram insurgindo e lançaram duras considerações sobre a política seguida. Entretanto, alguns dos rostos que corporizavam essa luta contra a construção desenfreada e os poderes obscuros foram-se remetendo ao silêncio, vá-se lá saber porquê, enquanto outros acabaram por ocupar as cadeiras do centro de decisão municipal.
Com a rotação verificada nos órgãos de poder seria de esperar um “tempo novo” também quanto à malfadada política de urbanismo municipal. Desenganem-se os mais desatentos.
O mais importante instrumento de ordenamento do território - o PDM - está prestes a ver concluída a sua segunda revisão. Um processo que teve início na governação do PS na Câmara de Braga e que acaba pela mão da coligação PSD/CDS. E se houve momentos em que se podia pensar numa genuína vontade de abrir a participação à população, por exemplo através da promoção de várias iniciativas de esclarecimento e debate, a verdade é que nesta recta final a actual maioria PSD/CDS borrou completamente a pintura.
Não é admissível submeter à aprovação a proposta de revisão do PDM no órgão executivo municipal sem disponibilizar a respectiva documentação aos vereadores democraticamente eleitos. Não posso aceitar que, em caso algum, se atropelem os direitos de informação e participação. Muito menos se esperaria tal atitude vinda de quem tanto pugnou pelo direito a uma cidadania activa.
Mas o problema do PDM não está apenas na forma ou no processo. Aquilo que se afigurava necessário era uma mudança de paradigma, era necessário que o ordenamento da cidade se fundasse no interesse público, sujeitando a este os vários interesses particulares; era necessário que a construção da cidade se fizesse nos tempos e termos das vontades públicas e interesses municipais, por contraponto com a actual sujeição da cidade às vontades e perspectivas dos grandes construtores e promotores imobiliários.

Aliás, a mudança de paradigma não só urgia como seria francamente facilitada nesta fase em que os apetites especulativos associados à construção e imobiliária se encontram refreados pela conjuntura económica.
O que se exigia era uma ruptura com os modelos e as práticas do passado.
Exigia-se que este PDM procurasse um modelo mais equilibrado para a ocupação do território do município procurando valorizar outras centralidades e olhando com particular atenção para as áreas mais vulneráveis e despovoadas do concelho.
Exigia-se que esta proposta assumisse um papel mais activo da câmara na construção da cidade, fazendo prevalecer o interesse público sobre o interesse privado, quando na verdade o que se verifica é o relegar a intervenção municipal ao papel de regulador, deixando a transformação de solos entregue à vontade e ao ritmo dos interesses privados.
Exigia-se que esta proposta formasse um corpo regulatório sólido, e que não propusesse um regulamento com um articulado confuso e pouco claro, por vezes contraditório, praticamente impossível de total apreensão pelo cidadão comum.
Exigia-se que esta proposta fosse exigente e assertiva no combate à especulação imobiliária, que fosse mais justa na distribuição de mais-valias geradas na transformação do solo, que procurasse ser mais abrangente, que fosse mais justa com quem não sendo detentor de prédios sem capacidade construtiva, mas que geram serviços deveras valiosos para a comunidade (RAN, REN).
Exigia-se que a proposta traduzisse espacialmente uma verdadeira estratégia para o município, fundada num diagnóstico preciso das existências e das necessidades e em cenários de evolução realistas.
Exigia-se, mas tudo isso ficou por fazer. Aguardemos com atenção, e sem baixar os braços, os resultados.

Carlos Almeida
23/06/15

O regresso do mesquitismo encapotado

A oposição na Câmara Municipal de Braga acusa a maioria de direita de aprovar uma permuta “escandalosa”, que prejudica a autarquia ao ser feita “em cima da hora”, antes da entrada em vigor do novo Plano Director Municipal (PDM).
Nesta segunda-feira, após a reunião extraordinária do executivo municipal, o vereador da CDU, Carlos Almeida, acusou a coligação Juntos por Braga (PSD-CDS/PP e PPM) de não agir de boa-fé ao aceitar trocar um terreno, contíguo ao complexo desportivo da rodovia e ao Rio Este, pertencente ao empresário Rodrigues Névoa (Bragaparques), por um outro antes da entrada em vigor do novo PDM, já aprovado pelo executivo e que vai alterar o valor de ambos.
À acusação da CDU, e também do PS, que considerou esta permuta feita “em cima da hora” como “um bocado estranha”, o presidente da autarquia, Ricardo Rio, respondeu que má-fé seria a autarquia “andar a desvalorizar” terrenos para pagar menos. “Não somos contrários à ideia de alargar o Parque da Rodovia. Aquilo que nos move contra esta proposta tem a ver com a forma encontrada que é prejudicial ao município e claramente favorável ao privado”, disse Carlos Almeida.
Isto porque, explicou, “a câmara aceitou ficar com um terreno limitado em troca de um terreno de inquestionável valor superior”, tendo em conta que o novo PDM “altera a classificação do terreno do privado”, deixando de ser ali possível construir o empreendimento turístico previsto por Rodrigues Névoa. Por isso, disse o comunista, “não está a haver boa-fé por parte da maioria ao celebrar este contrato” nesta altura, considerando mesmo que o negócio apenas vai “resolver um problema a um privado”. “Este negócio é um escândalo que faz lembrar os tempos mais negros do mesquitismo [do anterior autarca Mesquita Machado]”, concluiu o vereador da CDU.
O PS, que se absteve na votação da referida permuta, realçou igualmente a necessidade de alargar o complexo desportivo da rodovia mas também criticou a altura escolhida para a realização do negócio.
“Em cima da hora é uma coisa um bocado estranha”, afirmou Hugo Pires apontando que a “solução ideal” passaria pela compra do terreno em vez desta permuta.
Sobre a permuta, Ricardo Rio explicou ser objetivo da actual maioria expandir aquele complexo desportivo pelo que a opção foi “ficar com os terrenos ribeirinhos e ceder terrenos juntos à rodovia, mais razoáveis para a construção”. Em resposta à acusação de falta de boa-fé, o autarca considerou que “pouco séria” é a proposta da CDU. “Seria vergonhoso a câmara andar a desvalorizar terrenos para pagar menos”, afirmou Rio.
Na reunião de hoje foram ainda aprovadas alterações à política fiscal do município, com destaque para a alteração da Derrama (imposto sobre o lucro das empresas), que passará a ser cobrada só para valores acima dos 150 mil euros (1,5%), do IMI, que terá uma minoração de 10% para famílias que tenham a cargo dois ou mais dependentes, e da comparticipação variável do município em sede de IRS, que será reduzida em 0.15%.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Os amigos de Ricardo Rio agradecem

Alto e pára o baile! Temos de novo Diário do Minho!! "Apesar do elevado número de contratos e de montantes financeiros que a proposta delega no presidente da Câmara Municipal, o histórico dá conta que o volume de contratos anda muito longe do legalmente permitido."


quarta-feira, 17 de junho de 2015

"Ricardo Rio, um fartar vilanagem" by Pedro Sousa

"Recordo-me de vezes sem conta, nos vários anos em que liderou a oposição ao Partido Socialista na Câmara Municipal de Braga, ouvir Ricardo Rio repetir que “...à mulher de César não lhe basta ser séria, é preciso parecê-lo”; fazendo, repetidamente, a apologia de maior parcimónia, rigor e transparência na gestão e nos investimentos da Câmara Municipal.
O discurso era politicamente correcto e podia, admito, fazer algum sentido como crítica a algumas decisões em relação às quais o PS, na Câmara Municipal, terá sido menos feliz. Mais surpreendente, ou talvez não, é verificar o caminho de Ricardo Rio, agora que está a poucos meses de completar dois anos como Presidente da Câmara Municipal de Braga. Tudo começou com uma auditoria encomendada (encomendada é mesmo o termo certo) à PriceWaterHouse Coopers, divulgada com pompa e circunstância pelo Dr. Ricardo Rio que, deleitado, afirmava que a Câmara tinha um passivo de 252 milhões de euros, confirmando, esta, os muitos esqueletos no armário de que o douto Presidente já desconfiava. 
Interessante foi verificar que foram os próprios documentos oficiais da Câmara Municipal (Orçamento e Relatório e Contas) a desmentir, pronta e cabalmente, o exercício imaginativo, criativo e mentiroso do Dr. Ricardo Rio, demonstrando que o passivo, afinal, é de sensivelmente metade daquilo que havia enunciado.
A verdade é que esta história das contas, do passivo e dos esqueletos mais não é do que uma bem urdida manobra de diversão do Sr. Presidente da Câmara que tem, apenas, como intuito branquear a falta de iniciativa, de dinamismo e de liderança política que Ricardo Rio vem demonstrando.
Interessa, assim, desmontar as mentiras de Ricardo Rio para que não se corra o risco de que uma mentira repetida muitas vezes possa tornar-se verdade. Vamos a factos: em 2014, ano de Mundial de Futebol, a Câmara Municipal de Braga pagou mais de 50 mil €uros a uma empresa que patrocina as festas de São João para que esta montasse um ecrã gigante e um mini estádio na Praça do Pópulo durante todo o mês do Mundial de Futebol. Referir, ainda, que este ecrã foi, em anos anteriores, sempre cedido graciosamente pela mesma empresa nos termos do acordo de patrocínio. Rigor e parcimónia, portanto.
Ainda em 2014, por sua ordem, a Câmara Municipal de Braga comprou ao irmão do Assessor da sua Vereadora do Desporto, por oitenta mil euros, sem concurso público e sem cumprir as mais elementares regras da transparência, um consultório de medicina dentária falido, sobre o pretexto de ali, através de um protocolo com uma ONG, também ele estabelecido em bases muito nebulosas, dar seis mil consultas por ano a crianças e idosos desfavorecidos do Concelho de Braga, gastando mais 120 mil euros em recursos humanos para três técnicos, contratados, também, sem concurso público. Rigor, parcimónia e transparência, portanto.
Questionado sobre este assunto na última Assembleia Municipal, realizada em Esporões, disse, tal como consta da respectiva Acta que pode ser consultada no sítio da Câmara Municipal, que continuará a fazer todos os negócios que entender com os seus amigos desde que estes sejam competentes. Grave. Demasiado. Principalmente na medida em que deixa claro que há dois critérios essenciais para realizar negócios, parcerias e iniciativas com a Câmara Municipal. 
Ser competente e amigo de Ricardo. Pois bem, sugere-se a todos os empresários, particulares, empresas, instituições, associações, clubes e outros mais que apenas sejam competentes que comecem a arrumar as malas para os Concelhos vizinhos porque por aqui só serão bem sucedidos os competentes que tenham o beneplácito da amizade do Sr. Presidente da Câmara. Rigor, parcimónia e transparência, portanto. Mas o fartar vilanagem não fica por aqui. Os últimos tempos revelaram que a Câmara de Braga que há uns meses, nas palavras do Sr. Presidente da Câmara, se encontrava em estado de pré-falência, pondo, inclusive, Ricardo Rio a hipótese de pedir auxilio ao Fundo de Estabilização Financeira do Estado (a Troika dos Municípios), vive agora um período dourado, fértil e pleno de saúde financeira. Outra coisa não pode, aliás, retirar-se do sem fim, do verdadeiro rol infindável de contratos de aquisição de serviços que a Câmara de Braga vem celebrando a torto e a direito.
Dou, apenas, dois ou três exemplos por manifesta falta de espaço. Seis mil setecentos e sessenta e cinco euros para a Alfamind Innovation Systems para a realização do Portal da Juventude do Município de Braga. A respeito desta empresa uma curiosidade; o proprietário é um ex-líder da Juventude Social Democrata e, no ano passado, viu ser-lhe atribuída a módica verba de trinta mil euros para refazer o Portal, o Sítio do Município. De pasmar, é o facto de quem conhecia o Portal Municipal antes dessa suposta intervenção e olha para ele agora não consegue vislumbrar nenhuma alteração de fundo, nem ao nível do Design, nem dos conteúdos.


Quarenta e seis mil euros para a Modelstand, a empresa do Sr. Presidente da Junta de Escudeiros, Penso Santo Estêvão e Penso São Vicente, curiosamente (ou não) um Presidente de Junta que é amigo e da mesma cor política do Sr. Presidente da Câmara, para aluguer de tendas para mercado romano, doze sanitários e dois estrados para a Braga Romana, sendo, hoje, a Modelstand a empresa do regime para tudo que é feiras, feirinhas e eventos que se vão realizando cá pelo Burgo. Grave é que outras empresas da mesma área de negócio não possam ter acesso à realização destes eventos que estão, à partida, reservados para o amigo de Escudeiros.
Há, ainda, 24985,73€ para o Diário do Minho, para 92 páginas de publicidade a cores no ano de 2015, forma encontrada por Ricardo Rio para tentar meter a imprensa local no bolso, procurando, por este meio, condicionar a sua liberdade e conquistar, em euros, a sua simpatia.
Rigor, parcimónia e transparência, assim se apresentou Ricardo Rio aos Bracarenses. Dezenas de contratos de aquisição de serviços e ajustes directos de qualidade e opção duvidosa, orçados, só este ano, em mais de um milhão de €uros, e, apenas, dois anos depois de ser eleito Ricardo Rio deixa bem claro ao que vem. Os Bracarenses, esses, terão uma palavra a dizer também já daqui a dois anos."


Pedro Sousa

Correio do Minho 16/06/15

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Foge cão que te fazem João! Joões há muitos, seu palerma!!

O encontro de Joões revelou-se um fracasso total. O dirigente da Associação de Festas de S. João que deveria já ter sido demitido no ano passado com a parvoíce da corrida do porco preto, volta este ano com mais uma idiotice: entrar para o guiness com a maior concentração de pessoas com o nome João! Mas as pessoas já não estão para o aturar, os “Joões” que se reuniram este domingo na Praça do Município, em Braga, não foram suficientes para bater o recorde mundial de concentração de pessoas com o mesmo nome, que continua assim a pertencer aos “Mohammed”.
O objectivo era reunir 1097 Joões na Praça Municipal, mas, para desgraça de Rui Ferreira e seus discípulos, “apenas” compareceram 423 pessoas cujo primeiro nome é João, aos quais se juntaram 28 pessoas que, não tendo João com nome próprio, não quiseram deixar de fazer de marcar presença para compor a festa...
Esta Braga seminarista entrou na era do Guiness. Depois do Porco Preto, os Joões são a nova loucura da comissão de festas. Aprendeu bem a lição tuga que nestas coisas não brinca. Desde ir de Chaves a Fátima em trotineta, fabricar a maior bota de futebol do mundo ou confeccionar o maior arroz de marisco numa frigideira disforme, os portugueses são capazes de tudo para se suplantar a si próprios e aparecer como os primeiros nem que seja na tal célebre feijoada sobre a ponte Vasco da Gama.
Em 2014 tivemos porco, em 2015 vieram os Joões. Em 2016 teremos outra qualquer tolice!