quinta-feira, 9 de julho de 2015

Futebol, empreiteiros, políticos, padres: cocktail explosivo!


Padres de Braga e de Viana aos palavrões e encontrões!

Desengane-se quem pensa que os padres não dizem palavrões, não fazem faltas duras ou não contestam com veemência decisões da equipa de arbitragem. A "Clericus Cup" terminou, quarta-feira, com um dérbi minhoto, entre a arquidiocese de Braga e a diocese de Viana do Castelo, que reuniu todos os condimentos de um grande jogo. Afinal, também são homens.
Aqui, não existe a superstição de os jogadores se benzerem antes de entrarem em campo. A proteção divina deve estar implícita. Dentro das quatro linhas, há noções táticas e qualidade técnica, muito longe de ser um "tudo ao molho e fé em Deus". Dos dois lados, estava a maioria dos jogadores da seleção nacional.
Logo nos primeiros minutos, fica desfeito o mito: os padres também dizem palavrões. Ao falhar por milímetros a interceção de um passe, um avançado de Viana do Castelo lá deixou escapar o habitual insulto à bola. Nos lances de maior perigo, outras expressões obscenas foram proferidas.
Mais de 100 sacerdotes discutiram o título de futsal em Arcos de Valdevez. Braga e Viana do Castelo eliminaram concorrentes até chegarem a uma final disputada com intensidade. Mais fortes na primeira parte, os bracarenses colocaram-se em vantagem com uma boa finalização do padre Paulo Sá.
No entanto, o troféu ficaria em casa, graças ao guarda-redes Nélson Barros, que, num jogo de homens de Deus, esteve "endiabrado". Marcou uma grande penalidade - por sinal muito contestada pelos adversários - que levou o jogo para prolongamento, onde nada ficou decidido. No desempate por penáltis, ofereceu a vitória a Viana com duas defesas.
Em 10 edições da "Clericus Cup", Viana do Castelo conquistou quarta-feira o sexto troféu, perante uma banca preenchida com mais de 200 pessoas.
Nélson Barros foi o "padre do jogo", com um golo marcado e dois penáltis defendidos. Na hora dos festejos, reconheceu que a devoção está sempre presente, mas rejeita que a conquista seja apenas obra do divino. "Somos homens de Deus, mas, por detrás do que fazemos, está um trabalho árduo. Queríamos muito ganhar em casa e, graças a Deus, correu tudo bem e as mãos de Deus não falharam", afirmou, aludindo às defesas nas penalidades.
Quanto aos palavrões, o pároco de Vilela, Sá, São Cosme e Sistelo, em Arcos de Valdevez, admite excessos naturais durante o jogo. "Antes de padres, somos homens e, às vezes sai uma palavra que não estamos habituados a dizer, mas não é para ofender", concluiu.

09/07/15

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fiscal da Câmara Municipal de Braga cobrava para aprovar licenças

Corrupção, tráfico de influências, fraude fiscal e branqueamento de capitais. São estes os crimes de que é suspeito Manuel José Silva, técnico superior da Câmara de Braga, de 54 anos, detido esta terça-feira pela PJ.


A Judiciária deteve, também, um membro de um gabinete técnico de arquitetura, Marcelo Oliveira, de 48 anos, sócio e tido como cúmplice de Manuel José. Os dois pernoitaram, esta terça-feira, nos calabouços da PJ de Braga, devendo ser esta quarta-feira presentes ao Tribunal de Instrução da comarca.
Ao que o JN apurou, Manuel José Silva ostenta sinais exteriores de riqueza incompatíveis com o ordenado que aufere como funcionário do setor das taxas e licenças dos serviços de Urbanismo da Câmara de Braga. Dado que a mulher também vive de ordenados, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Braga, que investiga o caso há mais de um ano, concluiu que terá conseguido receitas de luvas por tráfico de influências para conseguir licenciar obras irregulares. O seu património atinge várias dezenas de milhares de euros, em bens imóveis e dinheiro.

08/07/15
JN

terça-feira, 7 de julho de 2015

Câmara Municipal passada a pente fino pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária (PJ) esteve na Câmara Municipal de Braga a verificar documentos e ficheiros informáticos do município. Segundo o Negócios apurou junto a fonte da autarquia, às 13h ainda se encontravam no edifício autoridades que realizaram, pela primeira vez, buscas à Câmara Municipal, no âmbito de uma série de processos que estão a ser investigados pelo Ministério Público.
Pelo menos um técnico camarário foi detido para interrogatório. A mesma fonte disse ao Negócios que, mais tarde, “esclarecimentos formais sobre o assunto” iriam ser feitos.
Os esclarecimentos foram feitos, em comunicado, pela Câmara Municipal de Braga que confirmou a detenção de “um colaborador da Autarquia” e garantiu a “plena colaboração do Município” nas “diversas diligências” realizadas. No mesmo comunicado pode ler-se que “aos colaboradores do Município” se reconhece o “o zelo, honestidade e competência com que diariamente exercem as suas funções” e que as “eventuais más condutas” de uns não ditam a “dignidade dos [restantes] profissionais”. “A batalha contra a corrupção no Município de Braga continuará a ser travada todos os dias”, garante o documento.

Em março deste ano a PJ visitou a Câmara Municipal de Braga e Ricardo Rio, atual presidente da autarquia, avançou que, de entre os processos a ser investigados pelo Ministério Público, figuravam a expropriação da Casa das Convertidas, uma Parceria Publico Privada (PPP), a concessão do estacionamento à superfície e a queda de um muro matou três estudantes da UMinho, em 2014.
Na altura Ricardo Rio disse à Lusa que “não houve buscas, nem apreensões nem nada do género, mas coisas normais”, sendo que, “quando há investigações em curso é natural que sejam solicitadas e recolhidas informações”. O presidente acrescentou que as investigações envolviam vários “dossiês” do anterior executivo de maioria socialista e um decorrente de uma denúncia feita pelo atual líder socialista da oposição, Hugo Pires.
Para além dos casos mencionados acima, o autarca referiu também ” outros que resultaram da auditoria feita por este executivo no início do mandato, como o da concessão do estacionamento à superfície (…) o perdão de uma dívida ao Sporting Clube de Braga ou as próprias piscinas olímpicas”.
“Há ainda a questão da denúncia do PS no âmbito do dossiê do túnel da Avenida, relativamente a um acordo entre a autarquia e a Britalar quanto ao pagamento de obras a mais”, acrescentou Rio.

07/07/15

Fonte: jornaldenegocios.pt

sábado, 4 de julho de 2015

domingo, 28 de junho de 2015

Braga santificada

A hipocrisia de quantos – homens e mulheres consagrados – professam o voto de pobreza mas vivem como ricos, fere as almas dos fiéis e prejudica a Igreja.”

Papa Francisco

Cavalo branco de Braga constituido arguido nos vistos Gold

"Não foi uma completa surpresa, mas não deixou de o ser. Ainda estamos a assimilar", desabafou ao DN uma destacada figura do PSD, que não quis comentar oficialmente a confirmação, noticiada ontem pelo DN, de que o ex-ministro da Administração Interna seria constituído arguido na investigação aos vistos gold. Na coligação não houve respostas ao pedido de reação do DN, um sinal do incómodo causado pela situação.
No PS, Ascenso Simões, que será o diretor de campanha de António Costa, assumiu um comentário: "O PS não usará casos pessoais na campanha. Queremos elevar o nível e valorizar a democracia, que tem tão má imagem", salientou.
Miguel Macedo está em sua casa em Braga e, contactado pelo DN, também se remeteu ao silêncio. Fontes locais sociais-democratas testemunharam "várias visitas de solidariedade" durante o dia. A coligação terá de procurar um novo cabeça de lista para o distrito e, ao que apurou o DN, o favorito é Fernando Negrão. Contactado pelo DN, também não quis comentar.


28/06/15

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Urbanismo em Braga: os poderosos continuam a reinar" Carlos Almeida - CDU

É sabido que uma das críticas mais ferozes, e justa, diga-se, feitas ao Partido Socialista, enquanto partido que governou o município de Braga ao longo de quase quatro décadas, é a da promiscuidade latente nas relações estabelecidas com alguns construtores e promotores imobiliários. Durante largos anos, Braga sofreu impiedosamente as consequências mais nefastas de uma política de urbanismo assente na especulação imobiliária e no favorecimento de interesses privados em claro prejuízo do interesse público e do desenvolvimento da cidade. 
Nesse tempo, oportunamente, muitas foram as vozes que se foram insurgindo e lançaram duras considerações sobre a política seguida. Entretanto, alguns dos rostos que corporizavam essa luta contra a construção desenfreada e os poderes obscuros foram-se remetendo ao silêncio, vá-se lá saber porquê, enquanto outros acabaram por ocupar as cadeiras do centro de decisão municipal.
Com a rotação verificada nos órgãos de poder seria de esperar um “tempo novo” também quanto à malfadada política de urbanismo municipal. Desenganem-se os mais desatentos.
O mais importante instrumento de ordenamento do território - o PDM - está prestes a ver concluída a sua segunda revisão. Um processo que teve início na governação do PS na Câmara de Braga e que acaba pela mão da coligação PSD/CDS. E se houve momentos em que se podia pensar numa genuína vontade de abrir a participação à população, por exemplo através da promoção de várias iniciativas de esclarecimento e debate, a verdade é que nesta recta final a actual maioria PSD/CDS borrou completamente a pintura.
Não é admissível submeter à aprovação a proposta de revisão do PDM no órgão executivo municipal sem disponibilizar a respectiva documentação aos vereadores democraticamente eleitos. Não posso aceitar que, em caso algum, se atropelem os direitos de informação e participação. Muito menos se esperaria tal atitude vinda de quem tanto pugnou pelo direito a uma cidadania activa.
Mas o problema do PDM não está apenas na forma ou no processo. Aquilo que se afigurava necessário era uma mudança de paradigma, era necessário que o ordenamento da cidade se fundasse no interesse público, sujeitando a este os vários interesses particulares; era necessário que a construção da cidade se fizesse nos tempos e termos das vontades públicas e interesses municipais, por contraponto com a actual sujeição da cidade às vontades e perspectivas dos grandes construtores e promotores imobiliários.

Aliás, a mudança de paradigma não só urgia como seria francamente facilitada nesta fase em que os apetites especulativos associados à construção e imobiliária se encontram refreados pela conjuntura económica.
O que se exigia era uma ruptura com os modelos e as práticas do passado.
Exigia-se que este PDM procurasse um modelo mais equilibrado para a ocupação do território do município procurando valorizar outras centralidades e olhando com particular atenção para as áreas mais vulneráveis e despovoadas do concelho.
Exigia-se que esta proposta assumisse um papel mais activo da câmara na construção da cidade, fazendo prevalecer o interesse público sobre o interesse privado, quando na verdade o que se verifica é o relegar a intervenção municipal ao papel de regulador, deixando a transformação de solos entregue à vontade e ao ritmo dos interesses privados.
Exigia-se que esta proposta formasse um corpo regulatório sólido, e que não propusesse um regulamento com um articulado confuso e pouco claro, por vezes contraditório, praticamente impossível de total apreensão pelo cidadão comum.
Exigia-se que esta proposta fosse exigente e assertiva no combate à especulação imobiliária, que fosse mais justa na distribuição de mais-valias geradas na transformação do solo, que procurasse ser mais abrangente, que fosse mais justa com quem não sendo detentor de prédios sem capacidade construtiva, mas que geram serviços deveras valiosos para a comunidade (RAN, REN).
Exigia-se que a proposta traduzisse espacialmente uma verdadeira estratégia para o município, fundada num diagnóstico preciso das existências e das necessidades e em cenários de evolução realistas.
Exigia-se, mas tudo isso ficou por fazer. Aguardemos com atenção, e sem baixar os braços, os resultados.

Carlos Almeida
23/06/15

O regresso do mesquitismo encapotado

A oposição na Câmara Municipal de Braga acusa a maioria de direita de aprovar uma permuta “escandalosa”, que prejudica a autarquia ao ser feita “em cima da hora”, antes da entrada em vigor do novo Plano Director Municipal (PDM).
Nesta segunda-feira, após a reunião extraordinária do executivo municipal, o vereador da CDU, Carlos Almeida, acusou a coligação Juntos por Braga (PSD-CDS/PP e PPM) de não agir de boa-fé ao aceitar trocar um terreno, contíguo ao complexo desportivo da rodovia e ao Rio Este, pertencente ao empresário Rodrigues Névoa (Bragaparques), por um outro antes da entrada em vigor do novo PDM, já aprovado pelo executivo e que vai alterar o valor de ambos.
À acusação da CDU, e também do PS, que considerou esta permuta feita “em cima da hora” como “um bocado estranha”, o presidente da autarquia, Ricardo Rio, respondeu que má-fé seria a autarquia “andar a desvalorizar” terrenos para pagar menos. “Não somos contrários à ideia de alargar o Parque da Rodovia. Aquilo que nos move contra esta proposta tem a ver com a forma encontrada que é prejudicial ao município e claramente favorável ao privado”, disse Carlos Almeida.
Isto porque, explicou, “a câmara aceitou ficar com um terreno limitado em troca de um terreno de inquestionável valor superior”, tendo em conta que o novo PDM “altera a classificação do terreno do privado”, deixando de ser ali possível construir o empreendimento turístico previsto por Rodrigues Névoa. Por isso, disse o comunista, “não está a haver boa-fé por parte da maioria ao celebrar este contrato” nesta altura, considerando mesmo que o negócio apenas vai “resolver um problema a um privado”. “Este negócio é um escândalo que faz lembrar os tempos mais negros do mesquitismo [do anterior autarca Mesquita Machado]”, concluiu o vereador da CDU.
O PS, que se absteve na votação da referida permuta, realçou igualmente a necessidade de alargar o complexo desportivo da rodovia mas também criticou a altura escolhida para a realização do negócio.
“Em cima da hora é uma coisa um bocado estranha”, afirmou Hugo Pires apontando que a “solução ideal” passaria pela compra do terreno em vez desta permuta.
Sobre a permuta, Ricardo Rio explicou ser objetivo da actual maioria expandir aquele complexo desportivo pelo que a opção foi “ficar com os terrenos ribeirinhos e ceder terrenos juntos à rodovia, mais razoáveis para a construção”. Em resposta à acusação de falta de boa-fé, o autarca considerou que “pouco séria” é a proposta da CDU. “Seria vergonhoso a câmara andar a desvalorizar terrenos para pagar menos”, afirmou Rio.
Na reunião de hoje foram ainda aprovadas alterações à política fiscal do município, com destaque para a alteração da Derrama (imposto sobre o lucro das empresas), que passará a ser cobrada só para valores acima dos 150 mil euros (1,5%), do IMI, que terá uma minoração de 10% para famílias que tenham a cargo dois ou mais dependentes, e da comparticipação variável do município em sede de IRS, que será reduzida em 0.15%.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Os amigos de Ricardo Rio agradecem

Alto e pára o baile! Temos de novo Diário do Minho!! "Apesar do elevado número de contratos e de montantes financeiros que a proposta delega no presidente da Câmara Municipal, o histórico dá conta que o volume de contratos anda muito longe do legalmente permitido."


quarta-feira, 17 de junho de 2015

"Ricardo Rio, um fartar vilanagem" by Pedro Sousa

"Recordo-me de vezes sem conta, nos vários anos em que liderou a oposição ao Partido Socialista na Câmara Municipal de Braga, ouvir Ricardo Rio repetir que “...à mulher de César não lhe basta ser séria, é preciso parecê-lo”; fazendo, repetidamente, a apologia de maior parcimónia, rigor e transparência na gestão e nos investimentos da Câmara Municipal.
O discurso era politicamente correcto e podia, admito, fazer algum sentido como crítica a algumas decisões em relação às quais o PS, na Câmara Municipal, terá sido menos feliz. Mais surpreendente, ou talvez não, é verificar o caminho de Ricardo Rio, agora que está a poucos meses de completar dois anos como Presidente da Câmara Municipal de Braga. Tudo começou com uma auditoria encomendada (encomendada é mesmo o termo certo) à PriceWaterHouse Coopers, divulgada com pompa e circunstância pelo Dr. Ricardo Rio que, deleitado, afirmava que a Câmara tinha um passivo de 252 milhões de euros, confirmando, esta, os muitos esqueletos no armário de que o douto Presidente já desconfiava. 
Interessante foi verificar que foram os próprios documentos oficiais da Câmara Municipal (Orçamento e Relatório e Contas) a desmentir, pronta e cabalmente, o exercício imaginativo, criativo e mentiroso do Dr. Ricardo Rio, demonstrando que o passivo, afinal, é de sensivelmente metade daquilo que havia enunciado.
A verdade é que esta história das contas, do passivo e dos esqueletos mais não é do que uma bem urdida manobra de diversão do Sr. Presidente da Câmara que tem, apenas, como intuito branquear a falta de iniciativa, de dinamismo e de liderança política que Ricardo Rio vem demonstrando.
Interessa, assim, desmontar as mentiras de Ricardo Rio para que não se corra o risco de que uma mentira repetida muitas vezes possa tornar-se verdade. Vamos a factos: em 2014, ano de Mundial de Futebol, a Câmara Municipal de Braga pagou mais de 50 mil €uros a uma empresa que patrocina as festas de São João para que esta montasse um ecrã gigante e um mini estádio na Praça do Pópulo durante todo o mês do Mundial de Futebol. Referir, ainda, que este ecrã foi, em anos anteriores, sempre cedido graciosamente pela mesma empresa nos termos do acordo de patrocínio. Rigor e parcimónia, portanto.
Ainda em 2014, por sua ordem, a Câmara Municipal de Braga comprou ao irmão do Assessor da sua Vereadora do Desporto, por oitenta mil euros, sem concurso público e sem cumprir as mais elementares regras da transparência, um consultório de medicina dentária falido, sobre o pretexto de ali, através de um protocolo com uma ONG, também ele estabelecido em bases muito nebulosas, dar seis mil consultas por ano a crianças e idosos desfavorecidos do Concelho de Braga, gastando mais 120 mil euros em recursos humanos para três técnicos, contratados, também, sem concurso público. Rigor, parcimónia e transparência, portanto.
Questionado sobre este assunto na última Assembleia Municipal, realizada em Esporões, disse, tal como consta da respectiva Acta que pode ser consultada no sítio da Câmara Municipal, que continuará a fazer todos os negócios que entender com os seus amigos desde que estes sejam competentes. Grave. Demasiado. Principalmente na medida em que deixa claro que há dois critérios essenciais para realizar negócios, parcerias e iniciativas com a Câmara Municipal. 
Ser competente e amigo de Ricardo. Pois bem, sugere-se a todos os empresários, particulares, empresas, instituições, associações, clubes e outros mais que apenas sejam competentes que comecem a arrumar as malas para os Concelhos vizinhos porque por aqui só serão bem sucedidos os competentes que tenham o beneplácito da amizade do Sr. Presidente da Câmara. Rigor, parcimónia e transparência, portanto. Mas o fartar vilanagem não fica por aqui. Os últimos tempos revelaram que a Câmara de Braga que há uns meses, nas palavras do Sr. Presidente da Câmara, se encontrava em estado de pré-falência, pondo, inclusive, Ricardo Rio a hipótese de pedir auxilio ao Fundo de Estabilização Financeira do Estado (a Troika dos Municípios), vive agora um período dourado, fértil e pleno de saúde financeira. Outra coisa não pode, aliás, retirar-se do sem fim, do verdadeiro rol infindável de contratos de aquisição de serviços que a Câmara de Braga vem celebrando a torto e a direito.
Dou, apenas, dois ou três exemplos por manifesta falta de espaço. Seis mil setecentos e sessenta e cinco euros para a Alfamind Innovation Systems para a realização do Portal da Juventude do Município de Braga. A respeito desta empresa uma curiosidade; o proprietário é um ex-líder da Juventude Social Democrata e, no ano passado, viu ser-lhe atribuída a módica verba de trinta mil euros para refazer o Portal, o Sítio do Município. De pasmar, é o facto de quem conhecia o Portal Municipal antes dessa suposta intervenção e olha para ele agora não consegue vislumbrar nenhuma alteração de fundo, nem ao nível do Design, nem dos conteúdos.


Quarenta e seis mil euros para a Modelstand, a empresa do Sr. Presidente da Junta de Escudeiros, Penso Santo Estêvão e Penso São Vicente, curiosamente (ou não) um Presidente de Junta que é amigo e da mesma cor política do Sr. Presidente da Câmara, para aluguer de tendas para mercado romano, doze sanitários e dois estrados para a Braga Romana, sendo, hoje, a Modelstand a empresa do regime para tudo que é feiras, feirinhas e eventos que se vão realizando cá pelo Burgo. Grave é que outras empresas da mesma área de negócio não possam ter acesso à realização destes eventos que estão, à partida, reservados para o amigo de Escudeiros.
Há, ainda, 24985,73€ para o Diário do Minho, para 92 páginas de publicidade a cores no ano de 2015, forma encontrada por Ricardo Rio para tentar meter a imprensa local no bolso, procurando, por este meio, condicionar a sua liberdade e conquistar, em euros, a sua simpatia.
Rigor, parcimónia e transparência, assim se apresentou Ricardo Rio aos Bracarenses. Dezenas de contratos de aquisição de serviços e ajustes directos de qualidade e opção duvidosa, orçados, só este ano, em mais de um milhão de €uros, e, apenas, dois anos depois de ser eleito Ricardo Rio deixa bem claro ao que vem. Os Bracarenses, esses, terão uma palavra a dizer também já daqui a dois anos."


Pedro Sousa

Correio do Minho 16/06/15

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Foge cão que te fazem João! Joões há muitos, seu palerma!!

O encontro de Joões revelou-se um fracasso total. O dirigente da Associação de Festas de S. João que deveria já ter sido demitido no ano passado com a parvoíce da corrida do porco preto, volta este ano com mais uma idiotice: entrar para o guiness com a maior concentração de pessoas com o nome João! Mas as pessoas já não estão para o aturar, os “Joões” que se reuniram este domingo na Praça do Município, em Braga, não foram suficientes para bater o recorde mundial de concentração de pessoas com o mesmo nome, que continua assim a pertencer aos “Mohammed”.
O objectivo era reunir 1097 Joões na Praça Municipal, mas, para desgraça de Rui Ferreira e seus discípulos, “apenas” compareceram 423 pessoas cujo primeiro nome é João, aos quais se juntaram 28 pessoas que, não tendo João com nome próprio, não quiseram deixar de fazer de marcar presença para compor a festa...
Esta Braga seminarista entrou na era do Guiness. Depois do Porco Preto, os Joões são a nova loucura da comissão de festas. Aprendeu bem a lição tuga que nestas coisas não brinca. Desde ir de Chaves a Fátima em trotineta, fabricar a maior bota de futebol do mundo ou confeccionar o maior arroz de marisco numa frigideira disforme, os portugueses são capazes de tudo para se suplantar a si próprios e aparecer como os primeiros nem que seja na tal célebre feijoada sobre a ponte Vasco da Gama.
Em 2014 tivemos porco, em 2015 vieram os Joões. Em 2016 teremos outra qualquer tolice!

terça-feira, 26 de maio de 2015

A pocilga de Braga


Não se percebe este articulado... Primeiro fala-se em sucesso e depois, o artista do porco diz que o evento "não resulta em termos práticos"? Que imundice!


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Braga Romana pilhada e vandalizada

De nada valeram tantos soldados, tantos centuriões e senadores. Bracara Augusta foi vandalizada e assaltada nas madrugadas de Sexta e Sábado. Os responsáveis das barracas tiveram milhares de euros de prejuízo e nada ouvimos dizer o imperador Ricardus Rius sobre a sua ineficaz horda militar. É caso para dizer, os Suevos e Visigodos são quem mais ordenam!


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Boys para todos os gostos...

A propósito disto...

FONTE

2015-05-11

As declarações de Francisco Mota, líder da JP Braga, suscitaram uma série de comentários e críticas. Há pouco mais de uma semana o jovem centrista disse na sua tomada de posse que “as gentes do CDS” deveriam ocupar determinados cargos na câmara municipal de Braga e nas empresas municipais, tendo em conta que as autárquicas em Braga foram ganhas pela coligação de direita PSD/CDS-PP. As declarações foram proferidas na presença do actual presidente do município, Ricardo Rio.

O assunto foi discutido no passado sábado pelos comentadores do programa da RUM, Praça do Município. A primeira voz que se levantou contra as declarações de Francisco Mota chegou por parte do comentador da CDU, Carlos Almeida, ele que é também vereador sem pelouro no município. O comentador comunista explicou que o comunicado de Francisco Mota “extravasou completamente o limite da falta de vergonha”, acrescentando que “já não há o cuidado de quem usa o espaço político para se servir e se aproveitar dos cargos públicos. Já o faz sem problema, chegando ao ponto não deixar fugir numa conversa, é um comunicado emitido pela estrutura partidária em que vem reclamar publicamente para a comunicação social, mais lugares para a tropa do CDS na câmara municipal e nas empresas municipais”.

Paula Nogueira concorda com Carlos Almeida e vai mais longe. A deputada do Cidadania em Movimento diz mesmo que esta atitude “é uma vergonha para todos os partidos e para os cidadãos”, acrescentando que “os empolgamentos e os lapsos de língua são uma prática bastante corrente no seio da JP e da parte sempre da mesma personagem”. Para além disso, a comentador do CEM refere que “foi tanto o empolgamento que Francisco Mota desapareceu rapidamente da câmara e é por estas e por outras que está descontente. Percebeu-se que era um jovem com demasiado sangue na guelra e talvez competência a menos e por isso veio reclamar aquilo que já teve e que já perdeu”, considerou. Paula Nogueira afirma também que a situação “envergonha qualquer partido político”, mas espera que “só envergonhe mesmo o CDS-PP e que as pessoas não sejam confundidas nesta lama”.

Menos agressivo na sua crítica, João Granja, comentador do PSD, discorda também da postura adoptada por Francisco Mota. “Não me parece que sejam este tipo de comportamentos de discursos e de lapsos que valorizem e dignifiquem a política. É obviamente uma linguagem desadequada, inapropriada e que não pode ter acolhimento em responsáveis autárquicos que têm que pautar o seu comportamento por critérios que não têm nada a ver com este tipo de coisas”, rematou.


Na sexta-feira passada e depois de muita polémica, o líder da JP Braga viu-se obrigado a convocar uma conferência de imprensa para justificar as declarações proferidas na tomada de posse uma semana antes. “O comunicado é claro, o que nós exigimos é uma maior envolvência das gentes do CDS na gestão municipal e nas empresas municipais. Não pedimos e nunca pediremos o apadrinhamento dos ditos tachos políticos”, começou por referir. Francisco Mota garante que o pedido de maior envolvimento na gestão municipal é “legítimo”. “A competência das pessoas vê-se pelo lugar que ocupam e sempre encarei que os cargos não devem ser olhados como estatuto mas como um sentido de responsabilidade. Quis dizer aquele que é um sentimento que certamente não é só meu”, acrescentou.

Francisco Mota apontou ainda críticas aos socialistas. “Estanho o PS não vir falar dos boys que se mantiveram após a própria gestão municipal ter alterado. Porque é que o PS não fala desses? Não existem?”.




Estaremos cá para ver...

Braga Romana serve para lavar roupa suja

O evento Braga Romana - Reviver Bracara Augusta deste ano já gera confrontos! A propósito da iniciativa desenvolvida em anos anteriores, membros do anterior executivo PS e responsáveis da Coligação Juntos Por Braga envolvera-se num verdadeiro bate-boca que teve palco no facebook da actual vereadora da Cultura, Lídia Dias.
Lídia Dias
Rui Ferreira
Tudo começou quando a vereadora publicou um post com sinalização alusiva ao evento deste ano. A seguinte afirmação: "sem alma, sem paixão nada se faz bem" de Ilda Carneiro, ex vereadora da Cultura do anterior executivo PS, deflagrou em troca de acusações. O mote para esta discussão partiu de Rui Ferreira, mentor da Corrida do Porco Preto e assessor da Câmara Municipal, que passou ao ataque afirmando que o comentário de Ilda Carneiro "revela uma profunda falta de sentido democrático e um desconhecimento absoluto das matérias que pretende comentar". Em defesa da tese de Ferreira e da actual vereadora, veio Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor eleito pela coligação Juntos Por Braga e namorado de Lídia Dias. Reproduzimos aqui este verdadeiro confronto PS - Coligação PSD/CDS-PP/PPM que animou as redes sociais na noite do dia 20 de Maio de 2014.

«Ilda Carneiro - Sem alma, sem paixão nada se faz bem.

Rui Ferreira - Um comentário que revela uma profunda falta de sentido democrático e um desconhecimento absoluto das matérias que pretende comentar.

Ilda Carneiro - Rui lamento o seu comentário o que eu disse aplica se a tudo e a todos na vida. Quem é anti democrático é o Senhor . Não aceito lições de democracia .....OK respeito é bonito e mais nada digo porque sou educada Sr Rui.

Ricardo Silva - Concordo com o comentário anterior, sobretudo vindo por quem exemplificou isso mesmo durante anos. É precisamente por isso que se vê o que era a Braga Romana e o que é hoje... os locais indicados, com imagem renovada e sinalética melhorada. Há organização no ordenamento das tendas e as próprias tendas são reforçadas e bonitas.A equipa é dedicada e entrega-se de forma apaixonada. Por isso, esta iniciativa está a ser bem feita...Força e coragem!
Ilda Carneiro

Ilda Carneiro - Melhorar tudo que diga respeito ao serviço público é obrigação de quem exerce cargos públicos .

Ilda Carneiro - É obrigação por isso não deve haver elogios.

Ricardo Silva - Como servidora pública eleita, em que é que o comentário original melhorou a Braga Romana? Tendo responsabilidades acrescidas, deve obrigar-se a essa melhoria!

Ilda Carneiro - Ricardo vamos ficar por aqui . falar em causa própria não fica bem .

Ricardo Silva - Sereno e com total à vontade...quando quiser trocar impressões comigo, em local próprio, terei todo o gosto em continuar esta conversa, porque sei a noção das minhas responsabilidades e tenho todo o gosto em partilha-las!

(...)

Ilda Carneiro - Não costumo ter a pratica do mal dizer por estes meios de comunicação pública como algumas pessoas assim como praticar o auto elogio. A sobriedade é nobreza .
Ricardo Silva

Ricardo Silva - E o saber estar é imperial!

Ilda Carneiro - Prefiro a nobreza o aristocrata ao império . Prefiro a democracia ....

Ricardo Silva - E eu prefiro a cidadania democrática à democracia musculada!

Ilda Carneiro - Musculada ? Não existe no meu vocabulário felizmente.

Ricardo Silva - Gostava de dizer o mesmo, mas senti-o imensas vezes em governações que lhe são familiares!

Ilda Carneiro - Não confunda a floresta com arvore . No seu partido como em todos há pessoas e diferented (sic)

Ricardo Silva - Não confunda a floresta com a árvore

Ilda Carneiro -Todos tem infelizmente telhados de vidro Ricardo;

Ricardo Silva  -Logo há que os saber proteger...é má prática fazer lançamentos aos telhados dos outros!

Ilda Carneiro - Essa não me serve nem pratico .

Ricardo Silva - Professar sem praticar...o exercício conveniente para alguns.

Ilda Carneiro Sim para alguns ,não para mim e dei provas disso no meu exercicio profissional ou em cargos.

Ricardo Silva - E foi avaliada pelo exercício da cidadania democrática 

Ilda Carneiro - Essa avaliação não é independente das outras,o ser humano é avaliado em todo o Ser . Os arautos da cidadania são muitas das vezes em proveito próprio como o tem demonstrado a prática.. Exercer a cidadania é um dever dos cidadaos não precisam do apregoar.

(...)

Ricardo Silva -Todas as avaliações devem assentar em fundamentação, para poderem ser formuladas. Este exercício é feito pelos cidadãos e pelos cidadãos políticos, com responsabilidades acrescidas na gestão da cidade. Imagino o incómodo de auscultar as vozes dissonantes, porque há quem as queira ver como proveito pessoal e não para o coletivo da cidade. As avaliações foram feitas e, como diziam os romanos...os dados estão lançados!

Ilda Carneiro Já fui muitas vezes avaliada na vida profissional, ,sem ser na politica. Lamento que veja tudo no ponto de vista da politiquice.. Boa noite

Ricardo Silva -Se entende que é politiquice, eu digo-lhe que é um exercício da polis, logo é política. Entendo-a de forma séria e, como tal, só tive a possibilidade de acompanhar o seu percurso profissional enquanto gestora da polis.

Ilda Carneiro - Exercicio da polis e já agora da ÀGORA e do Socrates ,Platão , e outros. Politica é serio , não confundamos com tricas partidárias , os cidadãos não merecem isso dos que exercem cargos de eleição 

Ricardo Silva - Exacto, daí que se torna necessário ser sério nos comentários...que sejam construtivos e que dignifiquem os eleitos e os cidadãos.

Ilda Carneiro - Essa não é para mim ,pois não? deve haver lapso ou falta de memoria

Ricardo Silva - É só voltar ao ponto de partida desta conversa...o seu primeiro comentário!»

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=390750927796578&set=a.148401645364842.1073741833.100005850217924&type=1&theater

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Arcebispo de Braga dispensa padre apaixonado há 28 anos por Maria das Dores!

O padre António Lopes da vila da Ponte, Guimarães, esteve reunido em fevereiro com o arcebispo de Braga explicando que iria abdicar. O padre confessou a Dom Jorge Ortiga que estava apaixonado por Maria das Dores - que tinha conhecida, há 28 anos, quando era padre em Azurém.
O padre abandonou o sacerdócio e fugiu para o Alentejo com o seu amor 18 anos mais nova que cantava no coro da missa das 10:30. A mulher é casada e tem uma filha, que não vive com a mãe. No entanto, o padre regressa frequentemente a Guimarães por questões de saúde, motivo pelo qual muitos habitantes o tem visto nos últimos tempos, acompanhado da companheira que se mudou para a Ponte após o divórcio, em 2000.

Foi em 2000 que Maria das Dores foi contratada por António Lopes, para trabalhar no centro pastoral da igreja. A mulher também integrava o coro da igreja. Desde aí a relação estreitou-se.
Quando o padre anunciou que se ia embora, os paroquianos ficaram surpreendidos, sobretudo porque achavam que na terceira idade já não era possível deixar o sacerdócio em prol do amor. Na vila de Ponte, o padre, cujo processo de dispensa se encontra em curso, está a ser substituído por dois párocos, Manuel António Faria (Corvite, Santa Eufémia e Santo Tirso) e Agostinho (Caldelas), mas a população mostrou-se revoltada pelo padre nem ter celebrado uma missa de despedida. Na altura que pediu o afastamento da igreja, António Lopes justificou-se com razões pessoais. O padre era responsável pela paróquia de S. João da Ponte desde os anos 1980.

O amor fez assim o padre António Lopes ter de optar entre a profissão que desempenhava há décadas e uma vida em comum com uma mulher.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Pão e circo em Braga

Broas de milho e uvas mijonas
Aproximam-se as grandes festas da cidade. Primeiro há de a Feira Romana, a que se segue o S. João, para acabar com a Noite Branca. Vai ser um fartote. Empenhadíssima a vereação empunha o gládio e mostra-se aos bracarenses. Começaram por este vídeo promocional, no qual dão o corpinho ao manifesto. Já tinha visto o Ricardo Rio mostrando a pernoca disfarçado de romano à frente da vereação. Confesso, porém, que não estava preparado para ver a vereadora da cultura dando uma de Messalina, deglutindo uvas languidamente, como se não houvesse amanhã. Um Oscar para a senhora já! Ou então, uma vez que falamos de romanos, que lhe entreguem um César. 
Temo que o que a seguir isto virá nos há de levar para territórios ainda mais perigosos. Tutelado por essa insigne figura que dá pelo nome de Rui Ferreira, ao S. João não faltará animação e farturas, tradição serôdia e peito cheio de autenticidade popular. Remataremos a quadra estival com mais uma edição da Noite Branca, evento interessante na origem mas que estas luminárias estão a tentar transformar numa espécie de romaria da mais fina tradição. Importa que o pessoal venha para a rua, seja com toga por ocasião da feira, armado de martelinho quando for o S. João, e de camisinha branca para a noite dessa cor. Brancos deviam eles ficar, pálidos de vergonha, sem pinga de sangue.
«Pão e Circo», já foi o lema. Hoje queremos outra coisa e a equipa do Ricardo Rio está a mostrar-se à altura das nossas exigências. Dá-nos broa de milha com chouriço pelo meio e uva mijona, para que a vereadora não se sinta desacompanhada no repasto. Há confusões reveladoras. Aquelas em que esta malta incorre são-no seguramente. Tomam como expressão da mais elevada cultura qualquer evento que junte uma multidão. Rapaziada correndo e levando com poeira colorida no lombo? É cultura. Martelinhos e alho-porro entre uma sardinhada e um copo de tinto? É cultura. Um porco preto assustado pela turba ululante? É cultura. O Ricardo Rio togado desfilando na avenida? É cultura. Escusam de começar a afiar a navalha: não se trata de uma visão elitista, nada disso. Tudo o que digo tem o seu lugar. Tudo o que digo são, naturalmente, expressão de uma cultura. O problema é ficar por estas manifestações. O problema é termos uma governação autárquica que parece empenhada em reduzir a cultura a um foguetório quanto mais colorido melhor.


Luís Cunha